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Durante a Semana Nacional da Fam�lia (SNF) que est� sendo realizada, entre os dias 11 e 17 de agosto, em par�quias e comunidades de todo o Brasil, a Comiss�o Episcopal Pastoral para a Vida e Fam�lia (CEPVF), da Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), preparou alguns textos para aprofundamento e reflex�o.
Este ano, o tema da SNF � �Transmiss�o e educa��o da f� crist� na fam�lia�, dentro desse contexto, a CEPVF divulgou mais um texto para colaborar com as atividades, e grupos de estudos que est�o sendo realizadas pelas dioceses do pa�s. O segundo texto trata da responsabilidade do papel dos pais perante a fam�lia e, principalmente, perante os filhos dentro de uma realidade individualista que, muitas vezes, tornam relativos os ju�zos e os valores morais.
Leia o texto abaixo:
Desafios na educa��o crist�/cat�lica dos filhos
O principal desafio que a fam�lia de hoje deve estar atenta na educa��o crist� dos seus filhos n�o � religiosa, mas antropol�gico, a maneira, a vis�o, a concep��o em entender quem � o ser humano: a ditadura do relativismo segundo o qual n�o existe uma verdade �nica, objetiva, geral para todos sobre quem � o ser humano e, por conseguinte, tampouco sobre o matrim�nio e sobre a fam�lia. Evidencia-se, assim, o individualismo, em que cada um faz o quer e como quer.
O relativismo e o individualismo afirmam tamb�m que n�o existe um Deus comum a todos, cada um cria e se relaciona com seu pr�prio Deus e tampouco existem verdade �nica, normas �ticas e valores permanentes. Cada um deve acreditar e fazer no que � melhor para sim mesmo na constru��o da sua pr�pria felicidade. Eu sou a minha pr�pria verdade e caminho.
Assim, os ju�zos sobre os valores morais, quer dizer, sobre o que � bom ou mau e, por isso, sobre o que deve fazer ou omitir, n�o pode proceder segundo o arb�trio individual. O ser humano, no mais profundo da sua consci�ncia, descobre a presen�a de uma lei que ele n�o dita a si mesmo e � qual deve obedecer. Esta lei foi escrita por Deus no seu cora��o, de modo que, al�m de aperfei�oar-se com ela como pessoa, ser� de acordo com esta lei que Deus o julgar� pessoalmente.
Diante da realidade relativista e condicionante, a fam�lia tem hoje a inevit�vel tarefa de transmitir aos seus filhos a verdade sobre quem � a pessoa humana e como essa pode atingir a satisfa��o de todas as suas necessidades. Como j� ocorreu nos primeiros s�culos, hoje � de capital import�ncia conhecer e compreender a primeira p�gina do G�nesis: existe um Deus pessoal e bom, que criou a sua imagem e semelhan�a o homem e a mulher com igual dignidade, mas diferentes e complementares entre si, e deu-lhes a miss�o de gerar filhos, mediante a uni�o indissol�vel de ambos em uma s� carne (matrim�nio). Um ser humano que � essencialmente rela��o e comunh�o.
O ser humano recebeu de Deus uma incompar�vel e inalien�vel dignidade, criado � sua imagem e semelhan�a e destinado a ser filho adotivo. Cristo, com sua encarna��o nos concedeu essa gra�a, somos filhos de Deus. Por ter sido criado � imagem de Deus, o ser humano tem a dignidade de pessoa: n�o � s� alguma coisa, um ser individual de produ��o e lucro, mas algu�m.
� capaz de conhecer-se, de dar-se livremente e de entrar em comunh�o com outras pessoas. Esta rela��o com Deus e com outras pessoas pode ser ignorada, relativizada, esquecida ou removida, mas jamais pode ser eliminada, porque faz parte constitutiva do ser humano, seria o mesmo que eliminasse das pessoas o respirar, alimentar-se, dormir. Isolar-se � adoecer.
As consequ�ncias de n�o correspond�ncia ao des�gnio de Deus s�o desastrosas para a pessoa, a fam�lia e a sociedade. Assim se explica a justifica��o do aborto como um direito da mulher, as tentativas de legalizar a eutan�sia, o controle artificial dos nascimentos, as leis cada vez mais permissivas do div�rcio, as rela��es extraconjugais, as uni�es homoafetivas e outras.
Amar significa dar e receber o que n�o se pode comprar nem vender, mas s� presentear livre e reciprocamente. Gra�as ao amor, cada membro da fam�lia � reconhecido, aceito e respeitado em sua dignidade. Do amor nascem rela��es vividas como entrega gratuita, e surgem rela��es desinteressadas e de solidariedade profunda. Como a experi�ncia o demonstra, mesmo das fam�lias em constante conflito e tens�o, a fam�lia constr�i cada dia uma rede de rela��es interpessoais e prepara para viver em sociedade na possibilidade e ide�rio de um clima de respeito, justi�a e verdadeiro di�logo.
Os pais ter a autoridade de educar hoje a seus filhos com confian�a e valentia nos valores humanos e crist�os, come�ando pelo mais radical de todos: a exist�ncia da verdade e a necessidade de procur�-la e segui-la para realizar-se como pessoas humanas. Outros valores chave hoje s�o o amor � justi�a e a educa��o sexual clara e delicada que leve a uma valoriza��o pessoal do corpo e a superar a mentalidade e a praxe que o reduz a objeto de prazer ego�sta.
A fam�lia, em sintonia com a Igreja e, mais em particular, com o Papa, os bispos e os padres colabora com que as pessoas desenvolvam alguns valores fundamentais que s�o imprescind�veis para formar cidad�os livres, honestos e respons�veis, por exemplo, a verdade, a justi�a, a solidariedade, a partilha, o amor aos outros por si mesmos, a toler�ncia. Uma mesa que prepara a mesa da Eucaristia, em que todos compartilham os mesmos alimentos. A crian�a vai incorporando assim crit�rios e atitudes que o ajudar�o mais adiante nesta outra fam�lia mais ampla que � a sociedade.
Pe. Wladimir Porreca
Assessor nacional para a Vida e a Fam�lia/CNBB

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