Testemunho sobre Pe. Roberto Mario Fornoni, in memoriam
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Testemunho sobre Pe. Roberto Mario Fornoni, in memoriam

Quero elevar a Deus o meu agradecimento pela graça de ter convivido com o Padre Roberto Mario Fornoni, sacerdote que sempre caminhou com passos firmes na trilha aberta por Jesus. Aquele que sempre amou e defendeu a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, em sua última homilia defendeu o Papa Francisco com coragem e braveza, nos levando a refletir o que é “ser igreja”.
Logo que aqui em Assaí chegou pela primeira vez como Vigário Paroquial mal falava o português, mas seu jeito manso e discreto, misturados com seu sorriso tímido, logo cativou a todos; mal entendíamos o que ele falava, mas sentíamos a presença de Deus na tranquilidade de seu olhar. Sempre preocupado com a Igreja do amanhã, formou o Grupo de Jovens “Emaús” e a ele se dedicou, grupo esse que chegou a reunir 130 jovens em suas reuniões dominicais; desse grupo muitos são atuantes, sendo liderança na Igreja hoje. Quando Pe. Roberto partiu pela primeira vez, deixou um vazio imenso e muitas sementes semeadas.
Mas Deus nos reserva planos que nos surpreendem: nosso Padre - Pai – Amigo à pequena cidade de Assaí retornou (em 2017), agora com os cabelos e barba branquinhos e com uma sabedoria ainda maior. Um pároco que não gostava de holofotes, o brilho era para todos e de todos; ele amava comemorar o aniversário de todos, seja de nascimento ou matrimônio, mas no seu aniversário era discreto e sempre se reservava no seu mundinho.
Quantas vezes em suas homilias nos levou até a sua tão amada Itália, nos fez admirar e amar seus pais e sua família e assim, com esse lindo testemunho, nos fazia valorizar a nossa família. Mostrou-se sempre preocupado com a educação das crianças e dos adolescentes, com a postura dos pais perante os filhos; não mandava recado, dizia o que tinha que ser dito doesse a quem fosse.
Liderou nossa Paróquia com transparência e eficiência, com seu olhar de engenheiro civil (que era incrível!!!). Sempre dando liberdade e autonomia a todos os coordenadores das Pastorais e Movimentos, sua preocupação maior era ver a igreja unida; sempre dizia: “Somos de todas as Pastorais e movimentos”. Estudava cada documento enviado pelos superiores impecavelmente, incansavelmente.
Apaixonado pelas pequenas comunidades rurais, sempre fazia questão de lá estar presente. Padre de poucas e sábias palavras, às vezes suas respostas óbvias e inteligentíssimas não eram compreendidas por alguns. Mas, com suas conversas, seus aconselhamentos, suas homilias, palestras, formações ou com um simples diálogo conquistou uma comunidade inteira.
Seu carisma e suas brincadeiras eram suas marcas; em suas últimas celebrações nos dava a impressão de que não queria terminar a missa; brincava com todos, cativava a todos. Ele tinha um jeito único de ser e de viver.
Para 2020 sua prioridade eram os adolescentes e jovens, mostrando-se novamente preocupado com a Igreja do amanhã. Sobre a festa da Assunção da Virgem Maria (que ele tanto amava) já tínhamos acertado os detalhes, e o grupo que ele formou de crianças e adolescentes hoje tem a honra de ser chamado: “Grupo de Encenação Litúrgica Pe. Roberto Mario Fornoni”, formado pelos adolescentes e crianças que ele tanto amava.
Dedicou-se a todos, cuidou de todos que até se esqueceu de si mesmo, doou-se por inteiro, completamente, deixando de cuidar da própria saúde. Mas não deixou nada na paróquia desorganizado ou a ser feito.
Voltou para Deus como sempre quis, sem incomodar ninguém, sem dar trabalho para ninguém, teimoso e sincero sempre. Em nossa última conversa, quando o questionava sobre sua saúde, me respondeu com uma frase singular: - “Se preocupa não! Nós dá um jeito!”
Obrigado, meu Senhor e meu Deus, pela honra de ter tido tantos ensinamentos com esse grande Padre, dentre tantos a obediência e a fidelidade à Igreja, bem como a humildade.
E ao meu grande amigo de 25 anos de amizade, Pe. Roberto, eu digo: “Obrigada por tudo!” Descanse em paz! Cuide de nós como nosso intercessor aí no céu, sentado no colo de Maria, contemplando a face de Deus Pai. Agora sou eu que digo: - “Se preocupa não. Nós vai dar um jeito de ficarmos bem”.

Andrea Manoel Leonardi
Paroquiana da Paróquia São José de Assaí

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